Las Vegas: Além do neon e das roletas, veja o que a cidade oferece

Cassino I 09.07.18

Por: Magno José

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Já dizia Elvis Presley, na letra de “Viva Las Vegas”: Como eu queria que houvesse mais de 24 horas em um dia, porque mesmo que tivessem mais 40 horas eu não dormiria um minuto sequer. Na música de 1963, o Rei do Rock descreveu as luzes e todo o glamour de Las Vegas, destacando cassinos e painéis de neon, característicos do destino, além das noitadas que parecem não ter fim na cidade que não perde a iluminação.

Na época, porém, Elvis não poderia imaginar como Vegas se tornaria referência no entretenimento, em hotelaria e, surpreendentemente, na gastronomia rica e diversa que consolida o destino não apenas para os amantes dos jogos, mas para todos os perfis de viajantes.

Las Vegas pode intimidar ao primeiro olhar. A quantidade de informação, banners, anúncios de neon, lugares e coisas acontecendo ao mesmo tempo não ajudam muito o turista de primeira viagem. É questão de tempo, porém, notar que é mais fácil se perder dentro dos complexos de shoppings, cassinos e resorts do que na cidade que é composta, basicamente, por uma longa avenida onde estão concentradas as atrações, a Las Vegas Strip.

Las Vegas é a cidade com a maior oferta hoteleira do mundo

Por estar em meio ao deserto de Nevada, não é surpresa que Las Vegas seja um destino quente. No verão, as temperaturas podem ultrapassar os 43ºC. A falta de ventos e a ausência de umidade no ar tornam as caminhadas sob a luz do sol bastante difíceis. Oriente seu passageiro: Garrafas de água, soro para as narinas, manteiga de cacau para os lábios e protetor solar não podem faltar na bagagem.

Por isso que muitos viajantes optam por utilizar Uber ou Taxi para se deslocarem dentro da cidade, mesmo que para curtas distancias. É importante ficar atento aos pontos de embarque e desembarque dos carros de transporte que são pré-definidos. Ou seja, não é permitido embarcar e desembarcar passageiros em qualquer ponto.

Shows à parte: O palco do show Le Revê – The Dream, no The Wynn Resort

Las Vegas não tem nos cassinos a sua maior fonte de renda atualmente, mas no entretenimento. O destino é forrado com propagandas das mais diversas programações que vão de musicais a shows de ilusionismo. Entre os mais badalados está o “Le Reve: The Dream”, que se destaca por possuir um palco próprio no resort The Wynn, onde o espetáculo, realizado na água, ganha vida. Uma mistura de apresentação circense, humor, dança e nado sincronizado que dão show em cada detalhe.

Outro hit tem o rei do pop, Michael Jackson, como personagem principal. A apresentação “One”, do renomado Cirque du Soleil, apresenta uma releitura das músicas de maior sucesso do artista em apresentações únicas que são capazes de derrubar os queixos e emocionar os fãs.

A tecnologia envolvida ajuda a fazer com que uma holografia perfeita do próprio cantor apareça dançando diante do público que sempre lota o auditório do Mandalay Bay. Uma experiência emocionante que torna o espetáculo ainda mais imperdível.

Sabores do mundo: Las Vegas surpreende pela variedade gastronômica

A capital mundial do entretenimento impressiona também pela diversidade gastronômica. Vegas é casa de restaurantes de renomados chefs como o austríaco Wolfgang Puck; do cake boss Buddy Valastro; e do esquentado Gordon Ramsay, entre outros cozinheiros que estrelam seus próprios programas.

Não há um especial da casa, mas tudo se torna especialidade. Em uma breve caminhada pela Strip, é possível encontrar desde pubs, regados a cervejas artesanais e petiscos, aos mais refinados restaurantes de frutos do mar.

Café da manhã, almoço, lanche da tarde ou jantar estão mais do que cobertos na oferta dos diversos restaurantes. Tão diversos, que rendem até roteiro gastronômico, como o promovido pela Lipsmacking Foodie Tours, que leva os turistas a cinco restaurantes em uma única noite. Destes, quatro são variados – com cozinhas mexicana, francesa, espanhola e especializada em frutos do mar -, o quinto fica para a sobremesa.

Os destaques do lado de fora dos resorts ficam por conta do Spago, marca de Wolfgang Puck; Hell’s Chicken, que conta com o chef vencedor da última temporada do reality “Cozinha do Inferno”; Javier’s (comida mexicana); Bardot (francesa); Juan Serrano (espanhola); e Milos (frutos do mar).

Dentro dos resorts, bem ao lado das máquinas de caça-níqueis e das mesas de carteado, os restaurantes também ganham destaque. No Park MGM, o destaque é o Bavette’s Steakhouse. Provar a costela curada por mais de 40 dias, carro-chefe da casa, é quase uma obrigação.

Para o café da manhã, o Park MGM (antigo Monte Carlo) oferece o Primrose, compsoto por pratos do famoso “breakfast” americano, com torradas, ovos e bacon. O café do hotel é considerado o melhor da região.

Carrões e gangsteres: A fábrica da Shelby é uma parada obrigatória para os fãs de carrões

Fazer o tour gratuito pela fábrica da Shelby, uma conhecida marca de Muscle Cars dos Estados Unidos, é um diferencial para destoar de todo o agito da Strip. O acesso gratuito inclui passeio pelo hall dos principais carros da marca, com uma visão histórica desde a formação da marca e a rivalidade com a Ferrari, até o dia em que um de carros destronou os italianos. Com uma tarifa extra, é possível conhecer a parte interna, ver os carrões Cobra sendo montados e dar uma volta guiada pelo quarteirão.

Ainda um pouco afastado das luzes da strip, os antigos painéis de neon dos cassinos e hotéis que fizeram parte da história de Las Vegas ganham nova vida no Neon Museum. O museu a céu aberto destaca cada um dos painéis que fazem parte da exposição, alguns restaurados e operantes, além de um show de luzes projetadas, que contam a história da cidade. Não há como deixar de se admirar ao ver letreiros desativados há muitos anos voltarem a brilhar em um show de iluminação e música.

O moonshine do bar The Underground, feito nos mesmos moldes dos tempos da Lei Seca americana

De volta ao centro de Vegas, o The Mob Museum traz um pedaço da história dos Estados Unidos, mais especificamente, a era da Lei Seca, quando todo o consumo de álcool foi abolido. Com a proibição, a máfia entrou em cena e os gângsteres ganharam poder ao produzirem e venderem bebidas ilegalmente.

No museu, diversos membros de gangues americanas – de Al Capone a Frank Costello – ilustram as paredes e dão o tom da exposição que pode ser percorrida com áudio guia em português. Outro destaque do local é o bar “The Underground”, construído aos moldes dos antigos bares ilegais dos EUA. Ali é possível pode provar de diversos drinques, além da famosa “moonshine”, a bebida produzida pelos mafiosos durante a Lei Seca.

Voo direto

Autoridades da Latam, do LVCVA e do aeroporto de Vegas celebraram a nova operação sazonal

Voar para Las Vegas ficou mais fácil para os turistas brasileiros. A Latam lançou, em 2 de junho, as operações sazonais da rota direta para a cidade americana a partir de São Paulo (SP). O voo tem duração de 12,5 horas e acaba com as horas perdidas nas conexões em outros estados americanos. A rota será operada três vezes por semana de junho a setembro deste ano e de dezembro de 2018 a março de 2019.

“Tivemos mais de 90% de ocupação no primeiro voo saindo de São Paulo, mas lidaremos com a questão com ‘um passo de cada vez’, para acompanhar a receptividade e analisar as possibilidades de tornar a frequência regular”, afirmou Daniel Aguado, gerente sênior de comunicação e marca da Latam.

Para celebrar mais uma rota direta para os Estados Unidos, a Latam realizou um coquetel para hoteleiros de Vegas, no hotel The Venetian. Durante o evento, o sênior VP da Latam para os EUA, Canadá e Caribe, Pablo Chiozza, exaltou a nova operação ao lado de autoridades do Las Vegas CVA e do representante do Aeroporto Internacional McCarran.

“O Brasil é um grande mercado para nós, sendo nosso sétimo maior emissor de visitantes internacionais. Além de trazer mais turistas, o voo nos ajudará a mensurar o real fluxo de viajantes do Brasil que vem a Vegas anualmente”, detalhou Michael Goldsmith, vice-presidente de marketing do Las Vegas Convention & Visitors Authority (LVCVA).

Viagem a convite da Latam e do LVCVA, com seguro Affinity e chip internacional de telefonia/dados Flexiroam X. (Brasil Turis – Leonardo Neves)

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