Curitibanos fretam ônibus para jogar bingo.

Bingo I 27.05.03

Por: sync

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Curitiba Enquanto donos de bingo do Paraná amargam prejuízo por conta da determinação do governo de fechar as casas, empresários do ramo em Santa Catarina não têm do que reclamar. A proibição da atividade aqui está sendo lucrativa para os estabelecimentos do estado vizinho. Para não perder o hábito de apostar na sorte, os curitibanos estão se dirigindo em excursões para Joinville, distante 135 quilômetros da Capital paranaense. Lucro, também, para quem está explorando a organização das excursões. O relações públicas Alessandro Contente conta que a idéia de montar os grupos e fretar o transporte para Joinville, onde funcionam dois bingos, surgiu meio ao acaso. Sua intenção foi a de atender a demanda de jogadores que, como ele, ficaram frustrados com o fim da atividade no Paraná. Divulgando as excursões por meio de anúncios em jornais, em pouco tempo, foi conquistando a clientela e o negócio acabou atraindo uma renda extra, admitiu. As viagens para Santa Catarina acontecem aos sábados, com saída às 13 horas, da frente do Shopping Mueller, e retorno às 22 horas. Apostando nos novos clientes, um dos bingos, segundo Contente, oferece bônus como um incentivo a mais para os apostadores. Com o aumento na procura pela excursão aos bingos, Contente decidiu que irá promover as viagens também às quartas-feiras. Em cada viagem, o relações públicas leva entre 30 e 40 pessoas, que pagam R$ 20,00 pelo transporte. A grande maioria dos jogadores, informou Contente, é de aposentados, ”que procuram o jogo para se divertir”. Há jovens, também, entre o grupo. Ele não lembra, no entanto, de ter levado nenhum jogador compulsivo. No Paraná, o momento ainda é tenso. Hoje pela manhã, membros do Sindicato dos Bingos do Paraná (Sindibingo) e de três sindicatos que representam os funcionários, diretos e indiretos, dos estabelecimentos, reúnem-se na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para discutir as demissões. Segundo a assessoria de imprensa da DRT, a preocupação do órgão é em padronizar a forma das rescisões contratuais. A DRT teria recebido denúncias de que algumas casas não estariam respeitando os direitos trabalhistas. O dono do Ventura Bingo e presidente do Sindibingo, Gianfranco Zambom, continua preso no Centro de Triagem, em Curitiba. Ele foi denunciado pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC) por crime de extorsão. A PIC pediu a prisão temporária do empresário para investigar as acusação de que ele e o gerente financeiro do bingo estariam extorquindo dinheiro das rescisões dos funcionários.

Folha de Londrina – Andréa Lombardo

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