COB minimiza efeito de suspensão de loteria anunciada pela Caixa Econômica Federal

Loteria I 23.03.20

Por: Magno José

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Paulo Wanderley Teixeira, presidente do COB — Foto: Ricardo Bufolin/Panamerica Press

A Caixa Econômica Federal emitiu neste domingo comunicado no qual informou a paralisação dos sorteios da loteria federal por três meses em meio à pandemia pelo novo coronavírus. Apesar do anúncio, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que desde 2002 recebe repasses vindos da arrecadação bruta dos concursos por meio da Lei Agnelo Piva, disse que a interrupção não afetará o esporte olímpico nacional.

Isso se dá, sobretudo, porque a Federal não é uma das chamadas “loterias de prognóstico”, que são aquelas nas quais o apostador escolhe números (casos da Quina, Mega-Sena, Lotomania, Dupla Sena e Lotofácil). Os sorteios dessas loterias de prognósticos estão mantidos pelo banco estatal.

Os recursos advindos de loteria correspondem a cerca de 90% de toda a receita do COB. O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) também recebe fatia importante da Lei Agnelo Piva.

Além da verba recebida através da Lei Piva, o COB ainda consegue poucas receitas provenientes do Comitê Olímpico Internacional (COI), por meio do programa Solidariedade Olímpica, de patrocinadores e de outros parceiros comerciais.

Como o COB é responsável pelo repasse junto às confederações, a diminuição da receita deve impactar diretamente nos esportes olímpicos do Brasil. Nos últimos anos, cerca de 55% do valor total recebido pela Loteria Federal chegou às confederações de cada esporte.

Indagado pela reportagem, o COB se manifestou por meio de nota e disse que “a suspensão dos sorteios da Loteria Federal (…) não impacta diretamente o esporte olímpico brasileiro”. Ressaltou, porém, que segue atento a uma possível arrecadação de valores de aposta dada a quarentena imposta pelo combate ao novo coronavírus.

Leia a íntegra do comunicado do Comitê Olímpico do Brasil:

A suspensão dos sorteios da Loteria Federal, anunciada pela Caixa neste domingo, 22, não impacta diretamente o esporte olímpico brasileiro porque as loterias de prognóstico, de onde provém seus recursos, seguem normalmente.

No entanto, o COB está atento a uma possível diminuição da arrecadação das apostas, uma vez que a população deverá ficar em casa neste momento. O COB terá mais condições de avaliar o cenário em aproximadamente 15 dias.

A entidade entende que, neste momento o problema mais importante é vencer a pandemia, por isso a permanência das pessoas em casa é prioridade. (GloboEsporte.com — Rio de Janeiro)

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