Rede Lotérica: um negócio duvidoso com problema de manutenção nos TFLs

Blog do Editor I 24.01.19

Por: Magno José

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Além de todos os problemas enfrentados pela Rede Lotérica, agora surgiu um novo: a manutenção dos Terminais Financeiros Lotéricos – TFLs

“Engana-se quem pensa que ter uma lotérica é um bom negócio. Já foi!” Com este comentário um empresário entrou em contato com o BNL para reclamar de vários problemas que a Rede Lotérica vem enfrentando, principalmente com relação ao desequilíbrio econômico-financeiro, segurança e carro-forte.

Segundo o lotérico, a Caixa prometeu mudanças no formato de pagamento do percentual do carro-forte e até o momento não foi implantado. “Por isto que vários lotéricos se arriscam ao levarem malotes para agências”, assinalou.

A maioria dos empresários lotéricos estão endividados e só operam no azul durante o período de captação de apostas das extrações especiais da Quina de São João e da Mega da Virada.

Além de todos os problemas enfrentados pela Rede Lotérica, agora surgiu um novo: a manutenção dos Terminais Financeiros Lotéricos – TFLs está caótica. Confira o conteúdo da mensagem de uma empresária lotérica desesperada com o serviço prestado pela empresa ATP Tecnologia e Produtos S/A, que substitutiu a Diebold Procomp.

“Elevamos ao conhecimento e providencias cabíveis a esse informativo, sobre o GRAVE problema que está afetando os lotéricos de todo o país. Trata-se da substituição da empresa que presta assistência técnica aos TFLs e periféricos. A vencedora da licitação, ATP, uma empresa sem tradição em redes de lotéricas, técnicos despreparados, e falta de equipamentos para substituição, vem causando transtornos e prejuízos em decorrencia da demora no atendimento as chamadas”, comentou.

A ATP Tecnologia e Produtos S.A. foi contratada pela Caixa em maio deste ano para prestação de serviços de manutenção corretiva e preventiva, com substituição de peças, componentes, acessórios e instalação ou reinstalação de softwares básicos para os Terminais Financeiros Lotéricos – TFL instalados em Unidades Lotéricas e Unidades Administrativas da CAIXA em todo o território nacional pelo valor de R$ 74,3 milhões pelo prazo de 48 meses.

Para refrescar a memória. Esta não será a primeira vez que a manutenção dos TFLs enfrenta problema com a ATP Tecnologia e Produtos. Em 2013, a Caixa chegou a divulgar um comunicado informando que a GITEC estaria atuando para reduzir os impactos causados pela deficiência no atendimento do novo fornecedor. A Caixa continua acreditando que reduzir no limite o preço do serviço é o principal objetivo de uma concorrência, mas esquece que devido a complexidade do serviço de loterias, a parte técnica deve ter um peso maior.

Quem compra mal paga duas vezes…

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